Buzina - Conto
- Escritamente

- 23 de fev. de 2023
- 1 min de leitura
Atualizado: 24 de fev. de 2023
Olá pessoal,
Dessa vez, um conto sobre o trânsito, pois é, a maioria de nós passa muitas horas da nossa vida dentro de carros, não é?
Sem mais delongas:
Buzina
Estava parado de frente para um semáforo, numa rua de bairro qualquer curtindo o feriado, quando alguém buzinou atrás de mim.
Imediatamente toquei o carro, sem perder tempo, pois quem estava atrás certamente estava com pressa. Cheguei em casa poucos minutos depois, com a buzina ecoando dentro de meu peito. Antes de sair do carro eu pensei no meu delito e na minha punição. É certo que no momento do ocorrido eu estava distraído, tentando entender um verso de uma música que já havia ouvido cem vezes e que distração e trânsito não são boas companheiras. É certo também que quando você é o primeiro da fila e o vermelho dá lugar ao verde, tem a obrigação de sair do lugar no exato segundo, de preferência cantando pneus, pois as pessoas atrás de ti só podem seguir viagem após você sair da frente. É certo também que eu fiz aquela pessoa atrasar sua chegada, por três ou quatro segundos inteiros, com certeza ele poderia fazer muito com esse tempo, talvez até inspirar e expirar uma vez, prática fundamental para a vida.
Neste momento, a pessoa deve ter acelerado para recuperar o tempo perdido, coisa que não teria que fazer se não fosse por meu fracasso como motorista, enquanto neste carro, estou parado e remoendo o ocorrido. A buzina, feita para assustar, ainda toca em meus ouvidos e meu coração ainda está acelerado. Quê fazer? Eu cometi um delito e recebi minha punição.

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