Duelo de Cabeças - Conto
- Escritamente

- 23 de fev. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de fev. de 2023
Olá pessoal,
Hoje eu trago um conto cômico, espero que te faça rir. Eu escrevi para testar sinônimos, por isso vocês vão ver várias palavras para uma só coisa.
Sem mais delongas:
Duelo de Carecas
- Vou te espancar até você entrar na água!
- Eu vou revidar, pois NÃO entrarei na água!
Se enfrentavam em um enorme banheiro, com uma enorme banheira no meio, dois homens fortes e calvos, em suas mãos, objetos de uso comum se tornaram armas de combate. Nas mãos do mais lapidado, havia uma jarra de cerâmica e um limpador de latrina feito de plástico tão rígido quanto um item barato assim poderia ser. Já o mais lustroso, o outro guerreiro, portava apenas um cabo de rodo e um pano molhado sobre sua cabeça, ele sabia que ao cobrir seu aeroporto de mosquito, passava a impressão de poder ainda ter algum cabelo.
O primeiro ataque veio do rodo, o tamanho e o balanço perfeito lhe concedia a oportunidade de ser usado como um bastão bō, ou como uma rapieira, ou ainda como uma espada bastarda, mas o guerreiro o usou como um porrete mesmo. Desceu o pau sem dó, mas ele foi bloqueado pelo vaso de cerâmica. Era de se esperar que o vaso espatifasse, mas não! O zerado o segurou por dentro, colocando a palma de sua mão exatamente no ponto de impacto do bastão, fazendo com que o choque fosse transferido para seu braço.
Após bloquear o ataque, o navalhado mostrou o motivo de ser conhecido como tal. Ele se movimentou graciosamente, para que sua testa alongada refletisse o reflexo da luz para os olhos do escalvado. A cegueira momentânea criou a oportunidade perfeita para um contra-ataque, então, o limpa latrinas foi usado como ele deve ser usado, com força e na porcelana. Porém, sem pestanejar, o da cabeça pelada bloqueou seu inimigo. Como se tivesse planejado, o pano havia se soltado e caído no exato momento em que o brilho atingiria seus olhos, bloqueando a luz. Desejando tudo, menos ser atingido por algo usado para esfregar privadas, o casca de ovo o segurou pelo pulso e o puxou, girando sobre seu próprio eixo e arremessando diretamente para dentro da banheira.
Enquanto seus últimos fios se molhavam, o bolão só pensava em uma coisa: "Não queria lavar o cabelo hoje”.

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